
Pequenas que Lutam como Gigantes – Edição: 9
Essa é uma republicação de um artigo da MBF Agribusiness. antigo mas não obsoleto.
Consultorias chamadas regionais se destacam no agronegócio e competem com nomes internacionais; profissionais são o diferencial.
“Eles não possuem bola de cristal, não são adivinhos, não falam e nem se vestem como gurus, mas o poder de prever o futuro concedido às pequenas empresas de consultoria especializadas no agronegócio tirou muitos investidores do risco e colocou diversas empresas na lista das mais confiáveis e dignas de receber investimentos”. É assim que Moacir Teixeira, diretor da gestora de investimentos ECOAGRO, define essas empresas que, por muitas vezes, são desconhecidas no mercado, mas que estão fazendo frente às grandes consultorias internacionais, atendendo fundos de investimentos, tradings, bancos e companhias, tanto nacionais, como internacionais. O poder das pequenas consultorias especializadas no agronegócio vai desde definir qual o melhor projeto a se investir, até atuar na gestão compartilhada dos empreendimentos, buscando as metas definidas nos planos de negócio apresentados aos investidores. Segundo Teixeira, o posicionamento dessas empresas é mais influente nas decisões de investimento do que o entusiasmo dos próprios investidores. De acordo com Teixeira, a exigência de conhecimento na área é grande e por isso, um número restrito de empresas como estas tem seus nomes repetidos por gestores do mercado financeiro e de usinas. Dentre elas está a MBF Agribusiness, de Sertãozinho (SP). Comandada por Marcos Antonio Françóia, a MBF presta diversos serviços a fundos internacionais, bancos e empresas do agronegócio. “Participamos na definição dos tomadores de novos recursos e no acompanhamento dos resultados projetados, além do monitoramento agroindustrial, que envolve a lavoura agrícola, a capacidade e performance da fábrica e o potencial do time de gestão das companhias”, explica Françóia. Ricardo Roccia, CEO da VREC (Vital Renewable Energy Company), fundo que se prepara para fazer aquisições no setor sucroenergético, explica que “as consultorias especializadas fornecem as informações requeridas para que os gestores e analistas das empresas contratantes formulem corretamente a análise e, consequentemente, tomem suas decisões de investimento.” A MBF, por exemplo, criou um banco de dados econômico e físico, com informações sobre a maioria das unidades produtoras do país, dando origem ao MBF SCORE, que foi avaliado pelas principais agências de risco e hoje é utilizado por fundos de investimentos e bancos na análise de crédito. Consultorias especializadas como essa, também têm participado ativamente da reestruturação de companhias, em especial do setor sucroenergético, que tiveram sua situação financeira agravada por conta da crise e dos preços baixos vistos nos últimos anos.


Porém, a grande diferença na hora de contratar essas consultorias regionais, afirma Marco Túlio Bullio, diretor de controladoria da Santelisa Vale, é a “experiência prática desses profissionais na gestão de um setor que tem suas próprias peculiaridades e que se não observadas, podem levar a frustrar decisões”. Essa experiência da qual fala Bullio foi adquirida por esses profissionais ao longo de anos trabalhando em usinas, destilarias, frigoríficos e etc., exercendo as mais diversas funções em todos os graus de hierarquia, inclusive como executivos de nomes fortes dos respectivos setores e também em conselhos administrativos e fiscais. Décio Baptista Santos, diretor comercial e de marketing da agência de risco Austin Rating, também acredita que essa proximidade com o agronegócio e a compreensão de quais são as necessidades dos empreendimentos ligados a ele são o grande diferencial. “Essas empresas sabem como funciona o mercado de capitais e o agronegócio e isso facilita a ponte entre esses segmentos”. E por disponibilizar “profissionais experientes e testados em cada área de atuação, estas empresas proporcionam um alto padrão nos resultados obtidos”, reitera o diretor do fundo Vision Brazil Investments, Primo Aldrigue Júnior. “Por termos trabalhado durante anos em usinas, sabemos quais são as dificuldades enfrentadas pelas diretorias e de detalhes que podem fazer a diferença nos resultados a serem obtidos”, afirma Françóia, da MBF, que atuou como executivo em grandes grupos do setor. Com toda essa experiência, “é possível decidir pelo sim ou pelo não com a simplicidade de quem gere o próprio negócio, mas com a responsabilidade e seriedade que a decisão exige”, explica Fernando Abussanra, diretor da Agrorisk, outra consultoria especializada da área. Aldrigue, do Vision Brazil, afirma que os serviços prestados com qualidade e eficiência fazem com que o grau de confiança dos investidores nessas empresas seja alto. E é preciso mesmo confiar, afinal, os serviços prestados são de vital importância. Qualquer deslize pode ter consequências muito graves. Por isso, Ricardo Roccia do VREC diz que os contratantes desses serviços “devem estar capacitados para avaliar pontos como ética e a qualidade dos profissionais atuantes na consultoria selecionada”. A opinião é compartilhada por Bullio da Santelisa Vale. “A credibilidade e a ética de quem comanda as consultorias regionais também selecionam os parceiros nos serviços”, diz ele. Outro ponto favorável, de acordo com os entrevistados, é o custo dos trabalhos das empresas regionais, em geral inferiores aos preços cobrados pelos grandes nomes internacionais. As condições para o sucesso são grandes, mas o desafio também é. Para Marcos Françóia, da MBF, mais do que um serviço pontual no agronegócio, a consultoria deve estar atenta em manter alta a credibilidade de um mercado (o sucroenergético) muito manchado ao longo do tempo e que agora vislumbra o seu real potencial. “Isso só é possível maximizando os acertos de quem entra e de quem se expande nesse mercado”, completa ele. Apesar desses e de outros problemas, essas empresas têm visto sua participação no mercado crescer e a expectativa é de mais sucesso no futuro. “Quanto mais difíceis são as condições do mercado e a situação das empresas do agronegócio, mais essencial nosso serviço se torna, pois é preciso acompanhar de perto os investimentos e entender as nuances que permeiam este setor, para poder garantir resultados satisfatórios”, afirma Abussanra, da Agrorisk.
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‘Se quiser viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem às coisas.
Albert Einstein

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