
Outra vez crise no setor sucroenergético? – Edição: 21
Essa é uma republicação de um artigo da MBF Agribusiness. antigo mas não obsoleto.
Falta de planejamento, estratégia e descompasso com o governo levaram setor a “crises”
Marcos Antonio Françóia*, com o apoio da equipe técnica da MBF Agribusiness e Agro Risk. Matéria publicada na Revista Agro em Foco – edição agosto/setembro de 2012
Há trinta e dois anos acompanhando o agronegócio sucroenergético, vivenciando os ciclos de altos e baixos, não é mais possível acreditar em crises, mas sim na capacidade de gestão, especificamente naqueles gestos que visam melhorar o planejamento.
Se crise pode ser significado de oportunidade, é nessa linha de pensamento que os gestores do setor do agronegócio precisam se concentrar. É preciso parar de olhar para os pés fixos na terra e vislumbrar os obstáculos e as oportunidades que lampejam no futuro, traçando estratégias.
Não se permite mais reclamar de algo que pode ser previsto. Taxa cambial, preço, produção mundial, produção agrícola e até mesmo o clima – com uma boa dose de acertos – podem ser estimados, previstos e terem seus riscos calculados e administrados para cada situação. Só o que não se prevê são as catástrofes.
Este artigo procura clarear os motivos que levaram o setor sucroenergético a se transformar de príncipe em sapo, ou vice-versa, deixando um rastro de desconfiança no mercado e uma confusão de informações na mídia que, por sua vez, confundem e dificultam ainda mais o entendimento daqueles que seguem à distância esse mercado, ou até mesmo aqueles que seguem de perto, mas não ocupam posições de gestão em um setor que tem nuances tão diversas para serem administradas.
O vai e vem de informações, ora destacando e diminuindo o patamar de riscos do setor, ora desqualificando-o e aumentando tais riscos, atrai investidores e depois os afugenta, o que é muito prejudicial para aqueles grupos nacionais que há anos realizam um bom trabalho e que vêm sobrevivendo nesse mar de incertezas.
500 anos de história não foram suficientes? – A evolução sociointelectual do setor sucroenergético se intensificou no final do século XIX, a passos bem lentos até 1930, e ganhou força dali em diante até a década de 1980. A partir daí, tudo ficou muito mais acelerado, esquentando ano a ano, sendo o mercado cada vez mais exigido, mais concorrido e menos rentável, numa proporção comparativa de evolução de 400 anos exigidos em 30.
O conhecimento técnico, ou melhor, o conhecimento prático que geriu um setor com 500 anos de história, passou a conviver com a diversificação do produto (além do açúcar, passou-se a produzir etanol, energia e outros produtos). Também passou a conviver com a era digital, automação industrial, maiores exigências intelectuais, sociais, culturais, exigência ambiental, abertura de mercado e globalização.
O Proálcool (Programa Nacional do Álcool), que incentivou o uso do produto como combustível para transporte no Brasil, foi a primeira grande alavanca para o setor.
Criado no ano de 1975, pelo decreto No. 76.593/75, a partir das incertezas do mercado internacional de petróleo e da dependência externa de energia e da segurança nacional, o programa incentivou as unidades produtoras de açúcar a anexarem uma destilaria de etanol. Para os novos investidores que se interessassem por esse mercado, incentivou a construírem destilarias autônomas.
Em 1973, a dependência dos derivados de petróleo no transporte brasileiro era de 98%, sendo a gasolina responsável por 56% do consumo. O programa incentivou uma atitude pioneira em relação à política de combustíveis no mundo. Primeiramente utilizou-se o etanol como mistura na gasolina e, a partir de 1979, com o desenvolvimento de motores exclusivamente movidos a etanol hidratado, o programa ganhou a grandeza projetada na época. O governo brasileiro, arrojadamente, adotou uma política sintetizada em alguns pontos, dentre os quais estava a elevação do preço interno da gasolina, a fim de inibir o consumo do produto e incentivar a aquisição de veículos com motores movidos a etanol. Já naquela época, estimava-se que o programa reduziria as disparidades regionais e individuais de renda e, como benefícios adicionais, a flexibilização da produção de açúcar, as questões da melhoria ambiental e a geração de energia a partir da queima do bagaço. Contava-se com uma tradição do empresariado brasileiro na produção de etanol e na qualidade na condução da gestão desse mercado, vinculado à produção da cana-de-açúcar, matéria-prima básica. Campo e indústria geridos por quem conhecia o processo. Tudo isso é relembrado, pois os fundamentos para continuar a acreditar no etanol como fonte limpa de energia ainda estão em voga, porém, necessitam de uma reorganização estrutural do setor, com a participação efetiva do governo.
O Proálcool induziu mudanças profundas no perfil da agroindústria canavieira, com mudanças tecnológicas e impulsionando as relações entre capital e trabalho. Porém, contava com a indefinição política e com a baixa cultura em gestão por grande parte dos empresários do setor que, mais exigidos, necessitavam de maior conhecimento sobre o assunto.
Diante disso, o programa anunciado e financiado para gerar independência na área de combustíveis e possibilitar a sustentabilidade econômica do setor canavieiro, foi uma grande decepção.
As dificuldades burocráticas para se conseguir linhas financeiras subsidiadas levaram, naquele período, os usineiros e novos investidores, na ânsia de participar desse novo mercado (de etanol), a captar recursos em instituições privadas, com custos bem superiores aos sinalizados pelo governo. Além disso, muitos consumiram todo tipo de reserva financeira conseguida ao longo dos anos com a comercialização e domínio do mercado mundial do açúcar.
Os custos de produção também aumentaram, pois houve acúmulo nas demandas industriais, falta de mão de obra especializada, tanto nas indústrias de bens de capital, como para as novas unidades produtoras de etanol.
Acreditando-se que o governo brasileiro seria a locomotiva que levaria o etanol à supremacia como combustível alternativo, foi investido entre 1975 e 1985, algo em torno de 6.579 milhões de dólares para 537 projetos para produção de álcool (Fonte: CENAL – Comissão Executiva Nacional do Álcool).
A maior concentração de investimentos aconteceu no período entre 1980 e 1985, onde foram investidos 5.559 milhões de dólares. Dentre esses projetos, muitos investimentos inviáveis foram incentivados. Alguns não processaram uma única safra. Nasceu, nessa época, o endividamento do setor, que alimentado por uma sequência de problemas e, principalmente falta de planejamento político e empresarial, se potencializou e virou uma grande “anaconda”.
A primeira refeição dessa serpente chamada “dívida” foi à falência do Proálcool. O programa que teve seu auge entre 1980 e 1985 foi se esvaindo aos poucos por falta de planejamento estratégico, item aparentemente inconcebível na gestão de empresas e do governo nas décadas de 1980 e 1990.
Estratégia soa atos militares, aliás, estratégia, na etimologia grega, significa “a arte do general”. Talvez por na época estarmos na transição entre um governo militar e civil, esse nome tenha levado a abolição desse instrumento de gestão e, assim, o setor passou-se a navegar sem rumo, ao sabor dos ventos.
A desaceleração econômica brasileira entre os anos de 1986 e 1990 levaram os governantes a utilizar diversas medidas econômicas na tentativa de combater a galopante inflação, tendo como base a restrição ao crédito e juros altos. Isso, aliado à redução do preço do petróleo no mundo e ao aumento da demanda e do preço do açúcar, fez com que a produção e consumo do etanol se tornassem pouco vantajosos para o produtor e para o consumidor. Os usineiros passaram a produzir mais açúcar e chegou a faltar etanol nos postos.

Para o governo não havia justificativa política para continuar incentivando o programa do álcool, com resultados previstos para o longo prazo, já que os custos de importação dos derivados de petróleo produziam resultados imediatos. Pura falta de planejamento estratégico.
O descrédito no produto etanol e a desvantagem econômica levaram os consumidores a usarem mais a gasolina e deixarem de adquirir carros movidos a etanol, forçando as montadoras, que já tinham uma forte proposta contra esse biocombustível, a deixarem de produzir os veículos apropriados. Foi o fim do programa de incentivo à produção de álcool (etanol).

Na linha do tempo, estavam as destilarias autônomas, montadas exclusivamente para a produção de etanol. Elas ficaram nas mãos do baixo consumo e dos preços abaixo do custo de produção, além do fim das linhas de crédito e aumento das taxas de juros. Muitas fecharam as portas.
Para se financiar, deixou-se de investir na expansão da lavoura e também nos tratos culturais, refletindo negativamente nos resultados agrícolas dos anos seguintes. Além disso, foi necessário deixar de pagar impostos, pois havia somente uma opção, que era sobreviver.
Aquelas empresas que tinham a flexibilidade na produção de açúcar vieram se arrastando ao longo dos anos, engordando cada vez mais o endividamento.
A salvo, ou menos afetados, estavam os grupos possuidores de cana própria, principalmente aqueles com muita terra própria, que não repassavam os recursos de uso da terra e nem a mínima e possível margem na produção da matéria-prima, gerando caixa para sobreviver.
Para essas unidades, o fluxo de caixa era sustentável, porém, economicamente estavam produzindo muito pouco ou nada de resultado. Mas como o setor é caracterizado pela administração familiar e vinha com uma cultura de administração de caixa, se economicamente o futuro sinalizava problemas, não era importante, sendo que muitos nem se quer pensavam no futuro. O importante, por muito tempo, foi dinheiro no bolso e crescimento patrimonial da família.
E a unidade de negócio? “Estava muito bem, obrigado.” E o futuro? “A Deus pertencia.”
A CRISE DE 1989 – A crise de 1989 não durou somente um ano e afetou diretamente as lavouras canavieiras, adentrando a década de 90.
Por falta de disponibilidade de capital, aumento do risco de crédito na avaliação dos bancos pelo alto endividamento já computado por muitas das unidades produtoras, aumento da inadimplência e a falta de planejamento, as empresas deixaram de tratar a lavoura e também de renová-la como forma de sustentar o caixa, bem como deixaram de recolher impostos.





Nessa época, o foco passou a ser a busca constante pela redução dos custos de produção e, com isso, iniciaram-se os agrupamentos de unidades produtoras, formando muito dos atuais grupos produtivos do setor, dentre eles, a COSAN.
A formação dos novos grupos produtivos possibilitou sobrevida ao setor, pois, dependendo do arrojo na formação de tais grupos, a nova imposição regional possibilitou a redução do custo da matéria-prima, o fechamento de unidades para deslocamento da moagem, resolvendo a ociosidade industrial de outras.
Mesmo assim, o setor continuou a se endividar. A política econômica brasileira continuou a impor altas taxas de juros, com ciclo de dívidas no curto prazo, potencializando cada vez mais o saldo da dívida.
Com altos endividamentos, muitas unidades trocaram de proprietário, sendo que muitas foram assumidas a troco da dívida e da possibilidade do novo proprietário utilizar os futuros créditos tributários.
Leitor: há algo semelhante entre tudo o que foi descrito até aqui e o que acontece na atualidade?
Na década de 1990 o PIB brasileiro se elevou de 1993 a 1995, depois de atingir patamares muito baixos, tornando a decair a partir de 1996, atingido os piores índices no ano de 1998 e 1999.
Em 1990, o IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool) foi extinto, dando início ao processo de desregulamentação do setor.
Entretanto, à medida que o setor caminhava para a liberação total, aumentava os conflitos entre algumas associadas da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar).
O grupo das empresas mais eficientes defendia a liberação do mercado. No entanto, o grupo das endividadas continuava sob a ótica de serem regidos pelas regras governamentais. Nesse grupo se concentravam as destilarias autônomas sobreviventes do Proálcool.
Foi então criada a CEPALL (Central das Entidades Produtoras de Açúcar e Álcool), comandando as divergentes.
Independente da pressão, o setor foi desregulamentado e a Unica passou a ter força no cenário político.
Nesse período, as exportações do açúcar aumentaram e os preços dos produtos foram comercializados abaixo do custo de produção.
Empurrando ainda mais as empresas endividadas para sua não sustentabilidade econômica, havia a Petrobras, que comprava o etanol das destilarias abaixo do custo de produção, não repassava esse baixo custo de aquisição ao produtor final e ainda não pagava as compras adquiridas, forçando as empresas a descontarem seus recebíveis a taxas impraticáveis. Há casos de descontos de duplicatas auditados em 12% ao mês.
Diante de tal quadro, mais unidades fecharam as portas. Outra onda de aquisição de empresas a troco da dívida se instalou, aumentando o potencial de grandes grupos econômicos do setor.
Novamente, o etanol, que já não era atrativo, passou a ser prejuízo garantido para as destilarias.
No final da década, para se financiar, sacrificar a lavoura foi outra vez a forma de gerar caixa, refletindo negativamente nos anos que viriam.
Quando enfim o etanol iniciou o processo de retomada dos preços, pois faltou produto no mercado, a Petrobras despejou-o aproveitando as altas e aumentando os ganhos da empresa.
A culpa da falta de produto recaiu para os usineiros, vilões que não produziam etanol, assim como ficou a culpa pelo aumento do preço do produto nas bombas.
Do lado das usinas, muito mal explicado ao mercado consumidor, a culpa recaía novamente no clima, no mercado mundial, na produção da Índia, na falta de incentivo ao carro a álcool (isso já não servia mais de desculpas, pois era um fato consumado há anos), também culpa do câmbio, etc.
Pouco se falava de falta de planejamento do setor e do governo. Muitas vozes se levantaram, mas eram abafadas pela falta de união de um setor tão importante para a economia brasileira.
Muitos acreditam que o setor se sustentou naquela época através do ombro amigo de toda a cadeia produtiva, desde o produtor de cana até o consumidor final do produto.
Todos estavam em crise e se ajudavam mutuamente na cadeia produtiva, a fim de sobreviverem. Em 1998, como uma solução para o alto grau de alavancagem financeira do setor sucroalcooleiro e outros seguimentos do agronegócio, o governo lançou o PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos). Naquela década, diversas medidas foram tomadas para tentar derrotar a serpente da dívida que perseguia a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
No ano de 1995, o governo lançou a Lei 9.138/95, que autorizava a securitização da dívida para devedores até R$ 200 mil.
Em 1998 foi instituída a Medida Provisória no. 1715, que instituiu o RECOOP – Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária.
Voltando ao PESA, também em 1998, através da Resolução do Conselho Monetário Naiconal (CMN) no. 2471, foi criado o PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos), programa que merece destaque, pois teve um direcionamento maior para o setor sucroalcooleiro.
O PESA trazia em sua constituição regras que determinavam aos interessados no programa a compra de CTN (Certificados do Tesouro Nacional), que seriam utilizados como garantia do pagamento da dívida para as instituições financeiras.
As unidades produtoras que comprovaram seu endividamento com investimentos “adequados” na produção rural, teriam direito a comprar CTN no montante de 10,437% do saldo da dívida.
A compra deveria ser feita à vista, ou financiada pelas instituições financeiras. O dinheiro da compra, logicamente, iria para o Governo Federal.
Os títulos dados em garantia para as instituições financeiras renderiam IGP-M + 12% ao ano. A dívida teria juros de 8% ao ano, 9% para valores acima de R$ 500 mil e 10% para valores acima de R$ 1 milhão. O prazo de pagamento da dívida e resgate dos títulos do governo era de 20 anos.
Várias pequenas mudanças foram instituídas no caminho, chegando a reduzir os juros para 3% ao ano.
O que se quer destacar com esse resgate de informações é que alguma coisa foi feita para solucionar a crise financeira do setor. Lógico que houve falhas. Lógico que não merecedores de crédito utilizaram do processo. Faltou controle do governo? Sim!
Mas a ideia foi muito boa, pois forçou as instituições financeiras a sentarem à mesa para conversar sobre seus débitos com os credores, sem ficar pressionando.
Como o próprio nome diz, no PESA – Programa Especial de Saneamento de Ativos, os ativos eram um dos principais focos dos bancos, que exigiram garantias melhores e assim, deixaram alguns produtores em situação pior no decorrer dos anos devido a continuidade das crises. Muitos administradores, mal assessorados ou mal organizados, ou ainda despreparados para serem gestores, fizeram acordos que deixaram as empresas ainda mais amarradas aos bancos, gerando descrédito em parte do programa, pois não conseguiram honrar os compromissos assumidos.
Novamente: A ideia foi muito boa!
No final dos 20 anos, o resgate dos títulos do governo (CTN) pagaria todo o principal da dívida atualizada. Aos devedores, bastava pagar anualmente os juros da dívida, que chegou a 3% ao ano. Uma conta matemática genial, que fechava uma crise.
O PESA trouxe fôlego, porém, novas crises chegariam ao setor
O setor veio nos anos 2000 se sustentando em altos e baixos.
A economia brasileira iniciou um processo de estabilização com tendência de crescimento. Aliado a isso, o clamor de muitas pessoas do setor foi atendido e as montadoras lançaram o carro flex fuel, que sinalizava a independência do consumidor, podendo escolher entre gasolina ou etanol, o que fosse melhor na sua visão e no seu bolso.
O etanol passou a ter consumo, pois os preços eram atrativos e havia oferta.
ambiental, muitos olhos cintilantes em cifrões voltaramse para o setor.
O carro flex foi aceito pelos brasileiros e, com isso, o consumo de etanol aumentou significativamente.


Em 2005 e 2006 o etanol era o “ouro branco” e o açúcar era o complemento. A geração de energia de biomassa também passou a ser disputada por grandes investidores.
Plástico biodegradável e outros produtos eram destaques na mídia, onde o setor aparecia quase todos os dias.
A chegada de grandes grupos aumentava a discussão do setor: Dreyfus, Abengoa, Tereos, Noble Group, Mitsui, ADM, Umoe, British Petroleum, Petrobras, Renuka e outros.
O setor deixou de ser chamado sucroalcooleiro, passando para sucroenergético.
“Praticamente toda semana, para não dizer todo dia, havia um interessado em adquirir usinas, ou empreender em projetos greenfield. Muitos sem conhecer um pé de cana”, disse Jair Pires, diretor da MBF Agribusiness, empresa que atua na avalição e monitoramento do setor e do agronegócio.
Bancos também se aventuraram. Através de seus fundos de investimento, se meteram a adquirir projetos. Assim como gestoras de fundos, que investiram na aquisição de cotas de empresas do setor, ou alocaram grandes montas de recursos para financiar unidades em operação e projetos. Debity e Equity passaram a fazer parte do vocabulário restrito de muitos gestores de unidades produtoras.
Sob crítica, muito dinheiro foi alocado em projetos inviáveis. Muitos dos investidores, mal assessorados nas análises, e outros ainda, mesmo quando não indicado o investimento, insistiram em fazer parte dessa “nova onda”, sem entender que o setor sucroalcooleiro requer conhecimento através da vivência do dia-a-dia.
Em meados do ano de 2007 os sinais de crise para o setor vieram a confirmar o que muitas consultorias sérias indicavam em suas análises, vetando muitos dos projetos de aporte de capital, de aquisição, ou ainda de novos projetos.
• A superoferta de açúcar provocou a queda acentuada nos preços dos produtos;
• Os custos de produção se elevaram demasiadamente;
• A falta de mão de obra especializada para operar as unidades e também para trabalhar na demanda das empresas de bens de capital e serviços ligados à cadeia produtiva do setor, elevou o custo dessa conta;
• A mesma demanda pelas empresas de bens de capital elevou o custo dos equipamentos industriais e agrícolas;
• Aumento de todos os custos de produção: frete, insumos agrícolas, insumos industriais, etc; • Volume de endividamento atingindo patamares insustentáveis economicamente.
“Nos anos de 2006 e 2007, muitas empresas de bens de capital ou de insumos agrícolas viraram a cara para as unidades sucroalcooleiras endividadas, pois tinham compradores (novos investidores) com maior capacidade de crédito e que pagavam o preço que se pedia.”, afirma Carlos Ravanelli, diretor de projetos econômicos da MBF Agribusiness.
O produtor rural de cana-de-açúcar também passou a exigir mais: maior preço e mais subsídios.

O setor entrou no ano de 2008 em crise e foi decepado com a crise mundial de crédito, que acabou com o “pedalar da bicicleta” de crédito bancário, que vinha alimentando o endividamento.
Durante todo esse período de incertezas, as instituições e governo estavam mais interessados em vender a imagem do setor no mercado mundial, do que planejar alternativas para colocar o produto brasileiro nas prateleiras e tanques do mundo e proteger ou solucionar a questão de elevação do endividamento do setor.
O resultado disso foi que se acreditou que o setor estava passando por sua pior crise, muito maior que a crise de 1999, pois a cadeia produtiva não estava mais unida como naquela época.
Para sobreviver, outra vez as empresas deixaram de investir na lavoura, que já estava sofrendo por diversos fatores de gestão e de clima.
• Excesso de produção e não conclusão de projetos de expansão da moagem nos anos de 2006 e 2007 levaram muitas unidades a processar nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro para fazer caixa, independente do resultado econômico e sacrifício da lavoura; alguns gestores anunciaram na mídia que haviam descoberto uma nova forma de processar cana – moer na entressafra – pura falta de visão;
• Houve período de muita chuva;
• Florescimento de cana;
• Geada;
• Seca.
O setor chegou em 2009 cambaleando.
A partir de meados de 2010, os preços começaram a subir, atingindo patamares altos e arrastando com eles o aumento do custo de produção. Vale lembrar que a matéria-prima de fornecedores tem seu custo atrelado aos preços dos produtos finais, pelo critério do CONSECANA .
No entanto, o aumento de preço do produto final foi seguido pela falta de matéria-prima e, consecutivamente, de produto.
Isso faz lembrar aquela antiga propaganda de biscoito: “Está fresquinho por que vende mais, ou vende mais por estar sempre fresquinho?”.
Sem produto, o preço aumentou, porém, por falta de cana, as margens continuaram as mesmas ou até mesmo pioraram no caso daquelas empresas que dependiam demais de cana de terceiros.
Alheio a tudo isso, tem a figura do governo, que mantém o preço da gasolina em baixa, prejudicando o consumo do etanol.
A mídia, de forma generalizada, veio tratando o setor como se tudo estivesse muito bem, pois os preços batiam recordes. Pura ilusão!
As instituições financeiras continuavam a exigir o pagamento das dívidas, pressionando cada vez mais o devedor através de execuções, ou outros instrumentos. Um direito dos credores.
De 2007 até a atualidade, o setor vem se arrastando.
Muitas empresas tiveram que partir para atitudes mais drásticas, na tentativa de não transferirem seus ativos pela dívida.
A Recuperação Judicial passou a fazer parte do vocabulário do setor. Muitos a favor, muitos contra na visão geral do mercado.
Todavia, para muitos casos foi o que restou, já que as empresas mostram sustentabilidade ao longo do tempo.
Se o governo incentivar, o mercado é promissor.
Sendo assim, para forçar os credores a uma conversa, já que isso não está sendo possível em muitos casos, a atitude judicial passou a ser a solução para que todos sentem a mesa e achem uma solução.
Seria muito melhor se essas cabeças pensantes e de decisão dos bancos, muitas das quais que se dizem conhecedoras do setor, debatessem sobre a forma de alongar as dívidas e, de fato, reduzir a pressão sobre as garantias e taxas de juros.
Os planos econômicos das empresas em recuperação, na sua maioria, mostram viabilidade a partir de 10 anos, com taxas de juros entre 8% e 10% ao ano. Tudo bem que os planos não contemplam catástrofes climáticas ou sociais. Além de contarem com uma boa dose de mudança na gestão das empresas, que muitas vezes também não ocorre após a aprovação do plano de recuperação judicial.
Mas, sem contar com essas intempéries, o setor tem viabilidade no longo prazo.
Um novo PESA não seria uma das soluções para o setor?
Reestruturado e com maior exigência de acompanhamento, poderia ser essa a grande solução. Uma recuperação não judicial, mas sim planejada e com a mão forte do governo e aceitação, mesmo que forçada, das instituições financeiras.
Como controlar?
• Monitoramento de colaterais, não da forma tradicional que se vende no mercado, mas realizado por empresas que conhecem as nuances do setor. Não se permite mais que as unidades “controlem” os “fiscais” do monitoramento, muitos desses sem conhecimento do processo produtivo;
• Flexibilização nas Garantias, podendo chegar até as ações do Grupo avaliado;
• Exigências de qualidade na gestão das unidades, que passariam a ter seus resultados econômicos e operacionais monitorados;
• Implantação de uma controladoria realmente eficiente, planejamento e conhecimento dos custos agroindustriais;
• Exigência de gestão corporativa e processo de profissionalização. Um conselho complementado por profissionais com experiência do mercado sucroenergético, representando as instituições e governo;
• Implantar a gestão de risco nas empresas.
Tudo isso pode parecer burocrático demais, mas somos o país da burocracia e, nesse caso, se faz necessário para criar a credibilidade que está faltando para o setor.
O QUE ESPERAR PARA 2012? – Se tudo continuar como está, teremos em 2012 um aumento significativo de pedidos de Recuperação Judicial, envolvendo toda a cadeia produtiva.
Muitos dos investidores que chegaram na onda do “OURO BRANCO” estão anunciando a sua retirada do setor.
Até Rubens Ometto anuncia em suas entrevistas o desânimo com um setor de tantos altos e baixos. Tudo bem que há várias formas de analisar os comentários veiculados na mídia falada e escrita. Muitos querem continuar no setor e uma forma de crescer é acabar com o crédito das unidades que estão cambaleando no mercado. Outros descobriram que não sabem administrar no setor sucroalcooleiro. Novamente destaca-se: é preciso conhecer o setor para sentar-se em uma cadeira de gestão de Usina.
De tudo isso, o que parece é que o governo está coçando a cabeça. Porém, não se vê atitudes que venham realmente socorrer o setor em 2012.
Os anúncios de recursos disponibilizados pelo governo não atingem aquelas empresas que estão com seus cadastros e números arruinados por anos e anos de instabilidade.
O volume de plantio de cana esperado para 2012 não está acontecendo e dificilmente acontecerá. Sendo assim, ainda teremos instabilidade em 2013. Plantio esse ano com reflexo em 2013, somente de cana de 12 meses, ou de ano.
Aos poucos, os sobreviventes se recomporão operacionalmente, atendendo a demanda e, assim, projeta-se crescimento. Mas pode ser mais devagar do que se imagina. Muitos necessitarão de novos sócios.
Novos processos de fusão e aquisição serão formalizados.
Investimentos em greenfields poderão acontecer, talvez, a partir do ano de 2013. Não é algo para o momento. Basta olhar a crise europeia e as ondas que chegam até o Brasil para concluir isso.
De concreto, parece que de modo geral as instituições estão se unindo num grito de SOCORRO para o setor e o governo está ficando com dor no pescoço por não direcionar o olhar aos chamados.
Até mesmo o comportamento da mídia mudou, apoiando uma atitude mais confiável por parte do governo, afinal até mesmo a Petrobras tem prejuízo com essa política de segurar o preço da gasolina, além do país jogar fora anos de investimento na tecnologia do etanol.
Aliás, o governo vem fazendo diversos anúncios que prometem ajudar a cadeia sucroenergética. Entre elas estão um novo aumento do preço da gasolina, que deve impactar o consumidor diretamente, e a elevação na porcentagem de etanol misturado à gasolina. Também foi anunciado, no final de junho, o Plano Agrícola e Pecuário que, entre outras coisas, disponibiliza na safra 2012/2013, R$ 115,2 bilhões em crédito à agricultura empresarial, com taxas de juros de 6,75% para 5,5% ao ano.
Um das grandes reivindicações do setor, que é uma menor tributação sobe o etanol também está sendo discutida. O Executivo estuda ressarcir os produtores por tributos pagos e até zerar algumas cobranças, como de PIS/Cofins.
Para pressionar o governo a realmente tomar as atitudes que tem prometido, o setor, convocado pelo prefeito Nério Costa, se reuniu em Sertãozinho (SP), no dia 20 de julho. “Estamos cansados de assistir o anúncio de medidas saneadoras para o setor, mas de concreto, nada. A alta ‘burrocracia’ estatal de Brasília está nos cansando e já estamos impacientes”, desabafou no evento Ismael José Perina, presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro Sul.
Infelizmente, as medidas recentemente anunciadas e as que estão por vir, só terá repercussão em um ou dois anos.
OUTRA VEZ CRISE? – Isso não é mais permitido pensar. As palavras de ordem para a sustentabilidade econômica e social do setor são união, compromisso e planejamento estratégico, no micro e macro mercado. Atuação efetiva do governo, com o apoio das instituições ligadas ao setor, que também devem, antes de discursar, se unir e planejar.
“Olhar para o passado e aprender com os erros, corrigindo o futuro.” Quanto ao futuro, não há dúvidas que a sustentabilidade econômica é possível. O etanol continua a fazer parte da composição da matriz energética e é ambientalmente correto. A energia de biomassa gerada pela queima do bagaço também comporá a matriz energética brasileira. Quanto ao açúcar, a demanda mundial aumentará e outros produtos surgirão a partir da cana-de-açúcar.
Novos projetos agroindustriais serão necessários, porém, mais planejados, pois os obstáculos já são conhecidos pelos históricos passados.
O mercado investidor já se movimenta. Analistas econômicos de grandes fundos estão consultando o mercado, pois, em plena crise, é hora de iniciar os investimentos, mas visando o retorno no longo prazo que é de, no mínimo dez anos para as unidades já operacionais.
Como o preço da cana pesa nos custos?
A cana é obviamente o maior custo para a indústria e representa cerca de 60% do preço líquido, conforme critérios de cálculos do CONSECANA.
Para o produtor rural, a torcida é para que os preços do açúcar e do etanol permaneçam elevados, fato que gera maior remuneração, mas tendo sempre em mente épocas de preços baixos e prejuízos amenizados através de vendas de cana com subsídios, já que as unidades industriais mantinham contratos de exportação, principalmente de açúcar, os quais tinham que ser liquidados através da entrega dos produtos.
Claro que os investimentos em cana própria vêm crescendo ao longo dos anos, porém, a passos tão lentos que a participação da cana própria no volume total da moagem não apresenta evolução significativa, seja pelas crises, pelos custos elevados de arrendamentos/ parcerias, ou pela maior remuneração atual dos produtores rurais.
Não obstante a tudo isso, a compra da matériaprima adquirida de terceiros pelas unidades industriais, onde se inclui a cana de muitos acionistas – que são remunerados como fornecedores e não como deveriam ser – e parceiros, é paga com base no CONSECANA, que “arbitra” um índice de perdas entre 8,5% e 9,5% do total de açúcar entregue na unidade (entenda-se 100% do ART – Açúcares Redutores Totais, sendo que pouquíssimas unidades industriais conseguem uma eficiência com esse baixo nível de perdas – 90,5% e 91,5%).
Dados oficiais destacam que, a maioria das unidades que produzem açúcar e que tem uma destilaria anexa, atinge, no máximo, uma eficiência de 88%, ou seja, 12% de perdas totais. Quando se trata de uma unidade que processa cana-de-açúcar apenas para a produção de etanol – destilaria -, a eficiência de uma unidade acima do padrão, não ultrapassa 82% – 18% de perdas totais, sendo que, nesse caso, ainda tem o problema do preço atrelado ao da gasolina, proporcionando um resultado operacional muito baixo ou próximo de nulo.
Assim, há uma grande despesa efetivamente paga, que é justamente essa diferença nas perdas entre o critério CONSECANA e o que a unidade consegue extrair – eficiência. Isso vem onerando as unidades industriais, sem considerar os elevados subsídios nas regiões com concorrência pela matéria-prima.
A situação atual das lavouras, como chegou a esse nível, já é um fator conhecido nas crises do setor.
Dados coletados junto a CONAB apontam para um crescimento expressivo do rendimento agrícola no Nordeste, diferente do que ocorre no Centro-Sul. Como a participação do volume de cana nordestina em relação ao total do Brasil é pequena, ou seja, próximo de 10%, na soma final é pouco representativa.
A tabela 1 (um), cujos dados também foram extraídos dos arquivos da CONAB, apontam um crescimento em área de cana no Centro-Sul e uma estabilidade no Nordeste do país. Entretanto, observase que no Centro-Sul há um crescimento expressivo de rendimento agrícola no período de 2008 a 2010, justamente no período de maior expansão de área onde canaviais do primeiro ao terceiro corte têm maior representatividade em relação às outras safras. Outro fato relevante nesse mesmo período, e não por coincidência, é que ocorreu uma oferta de cana “bisada” na ordem de 10%, com cerca de 30 a 40% a mais na produtividade agrícola.
Refazendo os cálculos da produção no CentroSul e desconsiderando essa maior oferta de cana em razão da cana bis, o rendimento médio para essas três safras seria em torno de 81 toneladas de cana por hectare (tc/ha), diferente da média de 84 toneladas com a cana “bis”. Dessa forma, a média brasileira neste mesmo período cairia de 81 tc/ha para 78 tc/ha.

Obviamente que a produtividade agrícola teve redução importante nos últimos anos, pelos motivos amplamente citados, como clima, falta de renovação e tratos do canavial, entre outros, porém, os dados demonstram que a produtividade brasileira está baixa em função da retração no Centro-Sul e que, na realidade, não ultrapassa uma média histórica de 74 tc/ha e picos de 78/80 tc/ha em períodos de maior investimento na área agrícola.
A falta de financiamento e o endividamento do setor – Enquanto nosso maior concorrente na produção de etanol, os Estados Unidos da América, “protege” seus produtores agroindustriais com subsídios e financiamentos, o governo brasileiro anuncia disponibilidade de recursos que nunca chegam àqueles que realmente necessitam, fazendo com que as unidades busquem empréstimos com taxas de juros elevadas, o que leva ao consequente aumento do endividamento e, em muitos casos, eleva o índice de inadimplência.
Obviamente que grande parte do endividamento atual origina-se de décadas passadas, endividamento esse que é refinanciado por diversas vezes e isso não é nenhuma novidade. Ocorre que as unidades com maior dificuldade financeira não têm acesso ou não conseguem refinanciamentos com taxas menores, visando melhorar seus resultados de caixa. Pior do que isso é não conseguir novos financiamentos para renovação e tratamento de seus canaviais, o que proporcionaria maior produtividade agroindustrial.
Por outro lado, é importante enfatizar que a utilização de qualquer recurso financeiro para investimentos, por menor que seja o montante, tem, necessariamente, que ter estudos de viabilidade, mesmo que seja uma adubação de cobertura (trato cultural do canavial), uma vez que o retorno esperado pode não ocorrer.
Exemplificando: O trato cultural em um hectare de cana no quarto/quinto corte a uma determinada distância, pode não responder em produto final, o custo do frete+adubação, como se pode observar na tabela 2 (dois), obviamente considerando as premissas pré-estabelecidas, porém, cada unidade tem suas peculiaridades.
Observa-se que uma unidade que produz açúcar e etanol, apresenta um resultado positivo, embora nada expressivo com uma adubação normal nas soqueiras, enquanto que em uma unidade que apenas produz etanol, o resultado passa a ser negativo.
Gestão de Risco – No ano de 2004, a IBM Consulting Services realizou uma pesquisa com as principais lideranças do setor sucroenergético.
Dentre os vários aspectos analisados, um deles chamou a atenção, pois era referente a fatores internos às organizações, especificamente sobre a gestão de valor e risco.
Nos resultados da pesquisa, sob a ótica do proprietário, os principais elementos a serem considerados foram: a busca de um maior retorno do capital dos acionistas (valor) e o aprimoramento do controle, apoiando a decisão e alocação de risco.
Naquele período, foi identificado que grandes ferramentas de gestão, como instrumentos de acompanhamento e análise de valor e risco eram raras nas empresas do setor. No painel, 73% mencionaram não dispor de qualquer gestão baseada em valor e 96% não tinham nenhum instrumento de gestão de risco, sendo que dois terços deste grupo estavam preocupados com o risco do negócio. Embora houvesse uma forte preocupação com ambas as questões, o setor se encontrava, de modo geral, pouco preparado para tratá-las de maneira estruturada.
Todavia, cerca de 10 anos se passaram da base utilizada na pesquisa e pode-se notar mudanças nestes aspectos. A COSAN (Raízen), em sua carta financeira trimestral 4º. trimestre do exercício social 2007, declarou ao mercado: “Para que decisões mais eficientes possam ser tomadas em relação à exposição da empresa às incertezas do mercado, recentemente a COSAN implementou uma gestão integrada de riscos, resultando também numa maior transparência a esse importante componente do negócio.”
Também a COPERSUCAR e a Açúcar Guarani implantaram uma política de risco.
Essas três empresas citadas representam hoje, aproximadamente 40% do mercado, e não seria errado correlacionar esta concentração à característica do pioneirismo, inovação e implementação de novas técnicas de gestão. Também não seria errado concluir que a gestão de risco é fator estratégico para o futuro das empresas sucroenergéticas. Outra correlação que pode ser observada, apesar de não se ter a certeza numérica, é que 40% do setor está menos endividado
O objetivo da gestão de riscos é oferecer à alta administração das empresas um processo de suporte na administração que ajuda a otimizar os resultados esperados e assegurar o patrimônio investido.
Para Luis Fernando Abussamra, consultor e instrutor de análise de risco na gestão, “é possível afirmar que o fator predominante para a perpetuidade do agronegócio não é mais a capacidade de entendimento da importância e sim o tempo de assimilação desta tendência. Por este motivo, a gestão de riscos tenderá a ser um dos temas mais discutidos pelos gestores e conselhos de administração dentro do setor na próxima década.”
FONTES DE CONSULTA:
• ÚNICA
• LIVRO Veículos Automotores – O Proálcool e a qualidade do ar – Coleção José Ermírio de Moraes. Eduardo Mascarenhas Murgel
• Dívidas Agrícolas e Sustentabilidade do Agronegócio – Prof. Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros – CEPEA, ESALQ/USP
• MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.





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‘Se quiser viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem às coisas.
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