Dia internacional da Mulher - O novo mundo de Marilyn Ferguson

Dia Internacional da Mulher

Marilyn Ferguson, jornalista e escritora estadunidense, explorou em sua obra A Conspiração Aquariana (1980) a capacidade de uma nova consciência imersa na mente humana, a qual impulsionada por momentos de crise, vem à tona um sentimento puro de mudar o mundo, a partir do seu próprio.

Este livro foi o que impulsionou a carreira de Fergunson, que percorreu o planeta defendendo sua visão que dera o título à obra, onde todos, cada um em sua experiência singular pode contribuir para a transformação do mundo, uma espécie de conspiração em busca de um novo quadro de referência para interpretar a sociedade global.

Dessa forma, surgindo novos paradigmas na cultura, na literatura, na política, na arte, na educação, na economia e na religião.

O Dia Internacional da Mulher

Assim podemos contextualizar os grandes momentos que deram título ao Dia Internacional da Mulher. A busca por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto, formou os primeiros objetivos das lutas femininas.

A princípio na Europa, o movimento ganhou força em âmbito mundial, ainda que sofrendo repressões brutais, quando, por exemplo, conflitos precipitaram o início da Revolução Russa de 1917.

O sacrifício e determinação levou ao merecido reconhecimento da ONU (Organização das Nações Unidas) sendo o ano de 1975 designado como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março adotado como o Dia Internacional da Mulher, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

A ideia de um novo mundo de Marilyn Ferguson já se tornava realidade

O que moveu aquelas bravas mulheres a dar os primeiros e mais árduos passos na luta pela igualdade de gênero?

Podemos dizer que a crise em que se encontravam pela soberania da ignorância que a evolução dera ao homem chegou ao ápice, e um sentimento de transformar o mundo em um lugar melhor para viver falou mais alto que o tradicional receio pelo risco de vida. Cada uma delas transformaram seu íntimo e juntas foram à luta para mudar o mundo a fora.

Dessa forma, pode-se dizer que a história que traduz o Dia Internacional da Mulher na realidade seja um princípio da sociedade que Marilyn Ferguson idealizou, pois toda transformação requer conflitos e quando a motivação é plena em pessoas destemidas, como as mulheres, deve-se esperar por uma coisa poderosa, um empoderamento impulsionado por algo semelhante ao que sente uma mãe ao defender seu filho, onde talvez tal sentimento deu força ao movimento feminino em prol de suas filhas, as mulheres do futuro.

No fundo, sabemos que o outro lado de todo o medo é a liberdade.

A frase de Marilyn Ferguson é perfeita para traduzir a barreira que as mulheres enfrentam em um mundo machista. O medo ainda é o principal vilão em uma sociedade que ainda prega que lugar de mulher é atrás do tanque ou está fardada a ser símbolo sexual e ainda ser obrigada a criar os filhos sozinhas, como se não houvesse amor materno. O lugar de uma mulher pode até ser atrás de um tanque, mas só se for de uma moto.

Ainda sobre medo, uma bandeira deve ser levantada: talvez o que retarda, pois não impede as conquistas femininas, é o medo masculino de uma mulher assumir a direção do mundo. Afinal, aprendemos que o macho é quem caçava, se arriscava, trazia a comida, defendia, etc., mas ninguém diz que era fêmea quem cuidava dos futuros machos e fazia de tudo para que crescem com saúde. O homem precisa perder esse medo e ajudar as mulheres de sua vida (mães, irmãs, filhas, etc.) a encarar esse mundo, que ainda é muito machista, a encontrar seu espaço.

Pois não se briga pelo que é seu direito, apenas é encontrado. Assim como a liberdade deve ser buscada, seja para a mulher compreendendo sua importância para a sociedade e, também, para o homem, ao entender que o fardo de ter que dar conta de tudo deve ser em conjunto, compartilhado. Eis uma visão da nova consciência que transforma mundos de Marilyn Ferguson.

Fonte: CELSO WILLIAN PALMA - Marketing

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